Você com certeza, em algum momento de sua vida, já deve ter ouvido falar sobre os anjos. Os anjos não são algo imaginário, mas uma verdade da nossa fé e, por isso, devemos conhecer o que a Igreja nos ensina sobre eles. Se formos pensar de uma maneira resumida, os anjos são seres puramente espirituais, dotados de razão e vontade. Agora que você entendeu isso, podemos nos debruçar um pouquinho sobre esse conceito:
Seres puramente espirituais
Nós, seres humanos, somos compostos de corpo e alma. Em nossa morte, a nossa alma se separará de nosso corpo, porém, um dia, os dois voltarão a se unir em um corpo glorioso na Ressurreição da Carne. Logo, o ser humano só é completo quando corpo e alma estão juntos. Nos anjos, a história já não é assim! Eles são seres puramente espirituais. Isso significa que eles não tem e nem terão um corpo como nós. Também, nos faz lembrar que por serem puros espíritos, a eles também não se atribui sexo: o anjo não é homem e nem mulher. O anjo é anjo.
Dotados de razão
Imagine a pessoa mais inteligente do mundo! Se você conseguiu imaginar, saiba que a distância entre a inteligência dessa pessoa e a de um anjo é muito grande. Mas por que isso? Em Deus encontra-se toda a verdade e sabe-se que os anjos encontram-se face a face com Deus. Assim, podemos concluir que os anjos conseguem ver a verdade tal como ela é, ao contrário de nós, seres humanos, que por mais que possamos conhecer a verdade, ela se encontra "embaçada" diante de nós. Os anjos, portanto, são seres dotados de inteligência, uma inteligência superior à que conseguimos imaginar.
E vontade
Todos aprendemos em algum momento de nossa vida que Deus criou o mundo com amor. Por amar, foi capaz de dar liberdade à todas as criaturas criadas, afinal, esse é um dos pressupostos do amor: o amor só é verdadeiro, quando é capaz de deixar que o outro faça suas próprias escolhas. Assim, Deus criou os anjos livres e dotados de vontade própria. É com essa liberdade e vontade que os anjos fizeram a opção de servir ou não à Deus. Entretanto, aqui cabe um ponto importante: tudo o que Deus criou era bom! Logo, também podemos afirmar que os anjos criados, no princípio, eram todos bons.
Chegamos até aqui juntos e se tem uma coisa que você levará para a vida é que os anjos são seres puramente espirituais, dotados de razão e de vontade. Mas o que, de fato, significa a palavra anjos? Traduzindo do latim, ela significa "mensageiros". Logo, a função de todos os anjos, independentemente da hierarquia, de quão próximos estejam de nós ou de Deus, é a de ser mensageiros de Cristo: nos guiando no decurso de nossas vidas ao céu, protegendo-nos, guardando-nos e intercedendo por nós junto à Deus. A Igreja ensina, que desde o início até a morte, a vida humana é cercada pela proteção dos anjos e por sua intercessão.
Também sobre os anjos, a Igreja ensina que são seres pessoais. Para compreendermos isso, basta lembrar que nós, humanos, por mais que possamos ser parecidos uns aos outros, no caso de gêmeos, por exemplo, nunca seremos exatamente iguais. Assim também ocorre com os anjos: um anjo é completamente diferente do outro e as sagradas escrituras nos dão a conhecer o nome de três deles: Rafael, Gabriel e Miguel. Além de pessoais, os anjos são criaturas imortais. Com isso, respondemos à um questionamento muito comum: com a minha morte, o que acontece com o meu anjo da guarda? A resposta é simples! Ele continua existindo, tendo em vista que ele é imortal. Assim como sua alma continua existindo, independentemente de sua morte.
Para finalizar esse breve texto sobre os anjos, vale relembrar o que dissemos quando iniciamos essa reflexão: os anjos não são algo imaginário, mas uma verdade de fé. Lembrando disso, peçamos a graça de sermos amigos deles, peçamos que eles nos guiem com carinho ao céu e os deixemos atuar em nossas vidas. Santos anjos, rogai por nós!
Rafael Tannure, catequista de Primeira Eucaristia